| As diferentes rebeliões | Como todo país, o Brasil acumula sucessos e fracassos. Um dos nossos mais clamorosos fracassos é o chamado sistema prisional. As recentes rebeliões, com execuções de presos e todo tipo de barbaridade, apenas denuncia que a situação é calamitosa e inaceitável.
O preso, por mais repugnantes que sejam seus crimes, é sempre um cidadão sob guarda do Estado. Cabe, portanto, ao Estado zelar pela guarda do preso e assegurar sua integridade.
Quando o Estado se omite ou facilita a ação violenta de facções está colaborando com o crime. Está, direta ou indiretamente, também cometendo crime, por facilitar a violência, a corrupção e a barbárie.
Uma vez perguntaram ao médico dr. Drauzio Varella como era a vida dentro do Carandiru, onde trabalhou por longos anos. Ele respondeu: - É parecido com o mundo daqui do lado de fora. A diferença é que lá dentro eles cumprem aquilo que combinam.
Eu não quero comparar as duas situações, mas digo que não existe efeito sem causa. A pergunta que devemos fazer é por que nossa sociedade virou uma fábrica de desajustados, por que o modo de vida moderno estimula o crime – o tráfico de drogas, os furtos, as agressões etc. – e por que, finalmente, a mesma sociedade que gera esses problemas não consegue lidar racionalmente com os presos e o sistema prisional?
A prisão, de certo modo, reproduz a estrutura social de fora. Observe que os presos de colarinho branco, mal ou bem, estão recolhidos em estabelecimentos com o mínimo de segurança e têm seus direitos preservados, estão sempre em contato com advogados – o que é correto.
Já os presos comuns são amontoados em locais apertados, imundos e imprestáveis a qualquer possibilidade de ressocialização ou recuperação.
A crítica ao sistema prisional ou o discurso de ódio contra criminosos fazem a carreira política de muita gente.
Mas, a bem da verdade, é só discurso, porque na prática quase nada é feito. Há décadas, as más notícias se repetem, as rebeliões acontecem e as chacinas entre grupos e facções prosseguem.
Eu sempre bato na mesma tecla: a educação. Quanto custa educar um cidadão? E quanto custa a insegurança pública, o descaso com a educação e essa política que não recupera ninguém para o convívio social?
Somos um País que fecha escolas e abre presídios; fecha fábricas, mas constrói CDPs. E contra isso ninguém se rebela!!! José Pereira dos Santos Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
facebook.com/PereiraMetalurgico pereira@metalurgico.org.br Artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 18 de janeiro |
| Greves asseguram regularização de atrasados em várias fábricas |
Diretores Zóião e Carioca em assembleia na Joalmi, quarta-feira (18) |
Os 60 funcionários da Metalbrax (Cumbica) encerraram a greve iniciada dia 6 de janeiro, para cobrar o atraso nos salários e benefícios. O pagamento, que deveria ter sido depositado dia 5, caiu na conta sexta (13) à tarde. A segunda parcela do 13º salário será quitada em fevereiro e março e o vale-transporte foi regularizado na quarta (18).
O diretor Pedro Pereira da Silva (Zóião) informa: “Estivemos todos os dias com os companheiros, até fornecendo café da manhã. Com o apoio de todos eles, fomos às negociações e tivemos resultado positivo, que foi aprovado pelos trabalhadores”.
O retorno da cesta básica será negociado em reuniões que acontecerão entre o Sindicato e a direção da empresa. Além do Zóião, participaram da mobilização os diretores José Dilton Braga da Silva (Vanuza) e Antônio Francisco da Silva (Fala Mansa) e o assessor Araxá.
Carmag - O Sindicato também negociou a regularização de atrasados nesta empresa, instalada na Vila Aeroporto. O pagamento do salário de dezembro foi depositado segunda (16) pela manhã e o 13º salário será quitado até março. A proposta, negociada pelo diretor José Carlos Santos Oliveira (Chorão), com apoio do assessor Valdir, foi aprovada pelos dez funcionários.
V.V. Fênix - Chorão também esteve com os seis companheiros desta empresa, localizada no Parque Haramy. Eles decidiram continuar greve iniciada dia 9, até que a empresa pague a segunda parcela do 13º salário. O pagamento do salário foi normalizado.
Joalmi - Após greve no final de dezembro, nova mobilização na quarta (18) garantiu a quitação do salário de dezembro, previsto para o dia 5, aos cerca de 390 funcionários da empresa, localizada no Jardim Frizzo. Os trabalhadores cruzaram os braços das 7 às 11 da manhã.
Os diretores Pedro Pereira da Silva (Zóião), José Pedro da Silva (Carioca) e Antonio Francisco da Silva (Fala Mansa) estiveram ao lado dos companheiros e conduziram a negociação, que obteve o compromisso da empresa de depositar o dinheiro até o final da tarde. Após paralisação, Jomatic regulariza pendências Diretor Evandro com os metalúrgicos da Jomatic |
Os 25 funcionários da Jomatic (Itapegica) entraram em greve na segunda (16), cobrando a quitação do salário que deveria ter sido pago dia 5.
A mobilização deu resultado, pois, ante a pressão, a direção da fábrica depositou o dinheiro e os funcionários retornaram ao trabalho na manhã do dia seguinte. A ação e negociação na empresa foi conduzida pelo diretor Evandro Pereira, com apoio do assessor Sandro.
A Jomatic é especializada na usinagem de peças, atuando no mercado automotivo, elétrico, eletrodomésticos e brinquedos. |
| Negociação garante sábados alternados na Lincoln |
Diretores Alex e Daniel coordenam assembleia |
O Sindicato negociou e garantiu a adoção de trabalho em sábados alternados para os cerca de 200 funcionários da Lincoln Electric (Parque São Luiz). As novas regras já estão em vigor.
Os diretores Alex Lima e Daniel Hermínio Estevam, que conduziram as negociações, apresentaram a proposta aos metalúrgicos. O acordo foi aprovado por unanimidade.
Alex comenta: “Foi mais uma conquista, que agradou aos companheiros”. A Lincoln Electric produz uma linha de consumíveis, destinada às mais diversas aplicações de soldagem, e está vinculada à nossa base há pouco tempo.
A atuação do Sindicato já garantiu PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) de R$ 1.390,00 na empresa. A primeira parcela foi paga em dezembro. | Sindicato negocia acordos salariais em sete empresas |
O Sindicato segue negociando reajuste salarial referente à nossa data-base, fechando acordos individuais nas empresas dos grupos que não assinaram Convenção Coletiva. A Campanha Salarial do ano passado foi concluída na maioria dos grupos patronais, beneficiando mais de 90% da base, mas alguns ainda não foram definidos.
Desde o início deste ano, já foram negociados acordos em mais sete empresas: Frente Rio (Vila Paraíso), M. Reis Prensas (Cumbica), Tool Services (Cumbica), Pixel (Cumbica), José Carlos da Costa Oliveira Ltda. (Vila Augusta), Frican (Vila Endres) e Astek (Terra Preta, Mairiporã).
Na Frente Rio, que tem dez funcionários, o aumento de 8,5% vale a partir de 31 de outubro. Os companheiros recebem a diferença ainda em janeiro, mas não terão abono salarial.
Em todas as outras empresas, o aumento de 8,5% vale a partir de 1º de janeiro. Haverá abono de 20%. O pagamento sai da seguinte forma: 6% a partir de 1º de janeiro sobre salários de 31 de outubro; e 2,5% a partir de 1º de março sobre os salários de 31 de outubro. Pagamento do abono de 20%: 6% até 20 de dezembro de 2016; 6% até 20 de fevereiro e 8% até 20 de abril.
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