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Boletim Eletrônico dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região • nº 345 • 14/11/2017

A exclusão social
é que custa caro

Para certos governantes, o problema de um país é o seu povo. Os governantes neoliberais vão mais além: para esse tipo de governo, o povo custa muito caro. Por isso, transferem a áreas privadas setores que são de responsabilidade do Estado. Também reduzem ou mesmo eliminam políticas públicas, especialmente aquelas que ajudam a reduzir a exclusão social.

Além de conservadora e alinhada aos interesses privados (do grande capital, principalmente), essa gente é elitista, preconceituosa e tenta tampar o sol com a peneira. Veja que hoje nem falam mais favela, e sim comunidade. A favela, na verdade, é habitada por gente simples, cuja imensa maioria é de trabalhadores. O que o povo excluído quer é educação, emprego, oportunidades e inclusão social. Mas a mídia, de forma cínica, propaga a mudança de nome como se isso melhorasse a condição social daquele povo.

Não contentes em cortar investimento social, reduzir políticas de inclusão e passar para setores capitalistas serviços que são de responsabilidade dos governantes, as reformas neoliberais tentam interferir em áreas privadas, como na relação capital-trabalho. É o que acontece, neste momento, com a reforma trabalhista.

Essa reforma vai muito além de cortar direitos, flexibilizar e precarizar as condições de trabalho. A nova lei trabalhista desarticula as organizações sindicais, ao cortar a fonte de custeio; ela também mexe na Justiça do Trabalho. Essa mudança desestimula o trabalhador de recorrer à Justiça, até porque agora existe o risco da pessoa que perder o processo ter de pagar multa.

Outro exemplo vem dos planos de saúde privados. O ministro da Saúde, cuja família é ligada a uma operadora de medicina de grupo, quer autorizar aumento para pessoas acima de 60 anos. Ora, o aposentado brasileiro ganha uma miséria. Hoje, o reajuste anual de um plano está em torno de 20%. Como o aposentado vai conseguir arcar com um reajuste desses? Não vai. Ele acabará excluído e empurrado para as filas do (precário) serviço público de saúde, onde a capacidade de atendimento é muito inferior à demanda.

Conheço vários países. Afirmo que os mais atrasados são justamente aqueles que abandonam o povo à própria sorte, restringem serviços públicos e cortam políticas de inclusão social. O Brasil de Temer enveredou por esse caminho e nosso futuro ficou seriamente comprometido. Precisamos, portanto, enfrentar essa conjuntura e redirecionar nosso Brasil.

PAPA - Muito me honra o convite da Força Sindical para representar a Central em audiência com o Papa Francisco, em Roma, no final do mês. O Papa tem sido uma voz corajosa em defesa dos mais fracos e vem condenando, com autoridade, os ataques aos direitos sociais, das pessoas e dos povos.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de Guarulhos
e Região
facebook.com/PereiraMetalurgico
pereira@metalurgico.org.br
Artigo publicado no jornal
Guarulhos Hoje, dia 15 de novembro


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Sindicato mobiliza quatro mil
contra corte de direitos trabalhistas


Modine - Nossos diretores mobilizaram companheiros da fábrica em Bonsucesso

Parcela importante da classe trabalhadora brasileira protestou sexta, dia 10, para marcar posição contra as maldades da lei trabalhista de Temer, que entraria em vigor no sábado, dia 11. Em nossa base, o Sindicato mobilizou cerca de quatro mil trabalhadores, em sete empresas.

O Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos foi convocado pelo movimento Brasil Metalúrgico, com apoio das Centrais, Confederações e Federações de categorias como construção civil, petroleiros, bancários, eletricitários, químicos, comerciários, professores, portuários e outras.

Direitos - O presidente José Pereira dos Santos esteve no ato da Modine (Bonsucesso). Ele afirma: "A categoria está consciente que a luta principal, neste momento, é para preservar direitos, principalmente o que nossas Convenções já garantem”.

ATOS - As manifestações começaram às 5h30, na Dyna (Itapegica). Na sequência, mobilizamos na Modine, Granei (Taboão), Raft (Vila Nova Cumbica), Carnevalli (Cidade Satélite, Cumbica), Umicore (Itapegica) e Omel (Parque Industrial Cumbica).

Os trabalhadores aderiram em massa aos protestos. Nossos diretores denunciaram as maldades da reforma trabalhista, que corta direitos, precariza o trabalho e amplia o poder dos patrões.

SÃO PAULO - Ato unitário na Praça da Sé reuniu 15 mil pessoas. Houve ações em todas as Capitais e também no Distrito Federal.

Defenda-se - Nosso vice-presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça) orienta: "Se o patrão quiser impor corte de direitos ou precarizar o trabalho, procure o Sindicato. Vamos, juntos, defender nossa dignidade".

METAL

Assembleia autoriza acordo coletivo em dois grupos


Assembleia aprovou sexta (10), na sede, os acordos com os grupos Sindipeças e Fundição. A principal vitória foi impedir que o patronato mexesse nas Convenções Coletivas, derrubando direitos. A assembleia também autorizou o Sindicato a continuar a negociação, nos mesmos termos, com outros grupos patronais. Nosso presidente Pereira avalia: “A campanha salarial está sendo muito difícil devido à crise econômica e política, além dos retrocessos da reforma trabalhista. Mesmo assim, já conseguimos garantir duas Convenções".

Como ficou - Fundição: Abono salarial - Será de 15%, em três parcelas de 5%. A saber: 5% em 22 de dezembro; 5% em 22 de janeiro; e 5% dia 22 de março. O reajuste salarial obteve o INPC cheio (de novembro de 2016 a outubro de 2017), que ficou em 1,83%. Aplicação do reajuste: a partir de 1º de julho próximo.

Sindipeças: Abono salarial de 15%, em três parcelas de 5%. A saber: 5% em 12 de dezembro; 5% em 13 de março; e 5% dia 12 de junho. O reajuste salarial será de 1,80%. Aplicação do índice: a partir de 1º de agosto próximo.


Diretoria e assessoria reunidas com a categoria nesta sexta (10)

METAL

PLR pode chegar a R$ 4.319,41 na Julio Simões



Daniel Hermínio na Júlio Simões

Os 280 funcionários da Julio Simões, de Cumbica e Taboão, aprovaram a Participação nos Lucros e/ou Resultados. O benefício teve aumento em relação ao ano passado, podendo chegar a R$ 4.319,41, conforme metas.

A primeira parcela, no valor de R$ 2.159,71, será paga em agosto próximo. A segunda parcela, com as metas, sai em fevereiro de 2019.

Outra - Também foi aprovada PLR aos 100 funcionários da Deluma (Cidade Satélite, Cumbica). A negociação foi difícil, pois a empresa não queria pagar o benefício. Os trabalhadores receberão em março.

METAL

Campeonato de Metalúrgico de Futebol teve 22 gols



Continental venceu seu jogo por goleada

O 24º Campeonato de Futebol Metalúrgico prosseguiu no final de semana com cinco partidas no gramado sintético do Clube de Campo (Parque Primavera). Foram marcados 22 gols.

Após a 5ª rodada, três equipes já estão com vaga garantida na segunda fase, que será disputada no mata-mata (perdeu está eliminado). Amigos do Peixe e Tecfil Filial, na Chave C; e Julio Simões, na Chave A, garantiram as vagas.

Resultados - Julio Simões 1 x 0 Cindumel, Phaynel 4 x 2 Reydel, Continental 4 x 1 U-Shin, Granei 3 x 2 Tecfil Matriz e Tecfil Filial 4 x 0 Amigos do Peixe.

A sexta rodada, penúltima da primeira fase, será sábado (18), com dois jogos: Modine x Elecon (9 horas) e Phaynel x Feeder (10h30).

METAL

Feriados alteram atendimento no Sindicato


Sede e subsedes de Arujá e Mairiporã (Terra Preta) não abrem nesta quarta (15), Proclamação da República. Segunda (20), Dia da Consciência Negra, também não haverá expediente por se tratar de feriado municipal.

Lazer - No Clube de Campo (Parque Primavera), o atendimento será normal na sexta (17), das 8h30 às 17h30; no sábado (18) e domingo (19), das 8 às 18 horas. Na segunda, o Clube fecha por conta do feriado.

METAL

SINDICALISMO FORTALECE A CIDADANIA!


O Sindicato é a organização coletiva dos metalúrgicos. Portanto, quanto maior a participação da base mais forte o Sindicato.

Sindicalismo forte é País mais justo; é democracia mais sólida; é classe trabalhadora com poder de compra.

Fique sócio. Vale a pena. Procure a sede ou as subsedes. Ou preencha a ficha no site do Sindicato (www.metalurgico.org.br).