| Um duro balanço | O ano de 2017 foi o pior para a classe trabalhadora. Durante os 12 meses, sofremos os impactos da recessão, desemprego, perdas salariais, ataques a direitos e desmonte da organização sindical. Muitas empresas fecharam e os Sindicatos tiveram de se desdobrar pra garantir o pagamento das verbas rescisórias. E nem sempre com sucesso. Por que tudo isso? Porque o País sofreu um golpe de Estado em setembro de 2016, a crise política se agravou e o ambiente econômico acabou contaminado pela insegurança. Some-se a isso a Lava-Jato, que, na ânsia de enquadrar criminosos de colarinho branco, paralisou setores da economia, ajudou a quebrar empresas e agravou o desemprego. Esse golpe foi patrocinado pelo grande capital internacional e operacionalizado por seus agentes políticos internos. Junte-se a isso a confusão espalhada pela grande mídia, sedenta de manchetes escandalosas, nem sempre apoiadas em fatos reais, mas em versões que logo depois eram desfeitas por fatos, documentos ou depoimentos. Essa campanha midiática desorientou a população, que, mesmo ante fatos graves, envolvendo o próprio presidente da República, ficou muda e apática. Os movimentos de rua murcharam até desaparecer. Estamos, portanto, no pior dos mundos: recessão econômica, desemprego, perda de direitos, crise política, governo com 3% de aprovação, Congresso desmoralizado e população sem ânimo de reagir. O Valor Econômico da segunda (18) traz de manchete: “Recessão jogou 5,4 milhões na pobreza extrema”. Ou seja, algo como quatro Guarulhos empurrados para abaixo da linha de miséria - isso significa, na prática, mais fome, mais privações, mais desagregação social. Mas temos de reagir. No primeiro semestre, o sindicalismo reagiu com vigor, inclusive realizando uma grande greve geral dia 28 de abril. Também fizemos o Ocupa Brasília em 24 de maio e paralisações do movimento Brasil Metalúrgico, que agrega entidades da categoria em todo o País. Mas não é suficiente. O ano que vem exigirá mais de todos nós. O grande desafio é retomar o crescimento da economia, o que só será feito com a mudança na política econômica neoliberal. A volta do crescimento e dos investimentos terá capacidade de gerar empregos, melhorar a renda do trabalhador, estimular o crédito e fazer a roda da economia girar. É o primeiro passo. E o segundo? É mudança política, no Executivo Federal e no Congresso Nacional. Não podemos mais ter governantes sem legitimidade e parlamentares que seguem o interesse econômico de grupos, sem se importar com a população, especialmente os setores mais carentes. Perdemos muito em 2017. Mas não perdemos a esperança em um País democrático, justo e desenvolvido. Apoiados nessa esperança podemos ter um 2018 melhor. Nós merecemos, nós podemos. Um feliz Natal e um Ano Novo de sucesso para toda a categoria e à população guarulhense. José Pereira dos Santos Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região facebook.com/PereiraMetalurgico pereira@metalurgico.org.br Artigo publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 20 de dezembro |
|
Leia o Blog do presidente Pereira | | Espaço para o debate, o blog traz, todo dia, assuntos variados. Compartilhe: pereirametalurgico.blogspot.com |
| Jornal mostra intensas lutas sindicais em 2017 |
Vice-presidente Cabeça entrega Jornal Sindical aos companheiros da Zinni & Guell |
O ano que se encerra foi, em muitas décadas, o pior para a classe trabalhadora. Além da grave recessão econômica, da crise política e moral, ainda tivemos nossos direitos atacados pelo governo Temer, a serviço do grande capital. Mas o ano foi de resistência. E nosso jornal de novembro/dezembro documenta isso, ao trazer de manchete “Luta por direitos marca ações sindicais em 2017”. As páginas centrais relatam, mês a mês, como foram essas mobilizações em nossa base, e também as lutas unitárias do sindicalismo. Clique aqui e leia o Jornal online |
Fábricas - Nesta semana, nossos diretores distribuem o jornal nas fábricas. Ao distribuir o material, os dirigentes também reforçam a importância das Convenções Coletivas, que foram renovadas na recente campanha salarial. O vice-presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça) afirma: “Os companheiros sabem que a nova lei trabalhista corta direitos. Por isso, eles valorizam a manutenção das Convenções, sem o que nem Piso salarial a gente teria mais”. Pereira - Nosso presidente José Pereira dos Santos relata: “O ano de 2017 foi o pior que vivi em décadas de vida trabalhadora e sindical”. Ele critica a subordinação do governo e do Congresso aos interesses do capital. “O governo Temer atua como despachante de luxo do grande capital. E no Congresso Nacional também são poucos os que se salvam”, diz . Pereira prega união e determinação. “Essa corja não vai conseguir acabar com o Brasil. O povo é mais forte que essa elite podre. Vamos seguir na luta, de cabeça erguida, pois a razão está do nosso lado”, completa. Sindicato - O jornal traz também chamamentos por sindicalização e resistência. Por exemplo: não aceitar imposição de acordos individuais, não fazer homologação fora do Sindicato e não aceitar cortes em direitos. Atenção: Em caso de problemas, ligue 2463.5300 ou procure nossas subsedes de Arujá e Mairiporã. | PLR beneficia metalúrgicos em fábricas da base |
O Sindicato realizou mais seis assembleias para apresentar propostas de Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR). No total, foram beneficiados cerca de 300 trabalhadores. Nosso secretário-geral Pedro Pereira da Silva (Zoião) destaca: “Fechamos mais um ano em que garantimos pagamento da PLR em quase toda a nossa base. PLR é aumento no poder aquisitivo”. Veja os últimos acordos: Delmatec (Vila Cumbica) - Os 70 funcionários receberão com 13,3% de aumento. Valor pode chegar a R$ 1.700,00. O pagamento sai em fevereiro e até junho próximo. Truckvan (Cidade Satélite, Cumbica) - Conforme as metas, benefício pode chegar a R$ 1.200,00. Os 130 companheiros recebem em janeiro e março. Trabalhadores da Eletro Liga aprovam proposta |
Axxio Pisos (Vila Isabel) - PLR será paga em janeiro e fevereiro de 2018 aos oito funcionários. Assembleia coordenada pelo diretor José Pedro da Silva (Carioca). Eletro Liga (Cumbica) - Pagamento será feito em março e maio. Diretor José Carlos Santos Oliveira (Chorão) encaminhou o acordo, que abrange os 35 metalúrgicos. LJM (Jardim das Nações) - Os 20 funcionários recebem o benefício em fevereiro e até abril. Os diretores Daniel Hermínio Estevan, Adriano Alves de Oliveira (Madeira) e Roseli Lima conduziram assembleia. Cromatec (Vila Cumbica) - Assembleia conduzida pelos diretores Célio Ferreira Malta e José João da Silva (Jau). A PLR será paga em março de 2018 aos 30 empregados. | Sindicato garante eleição democrática na Cipa da Marília |
Diretores Roseli e Nildo com cipeiros eleitos
|
A ação do sindical garantiu eleição democrática da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Marília (Macedo, Guarulhos). A empresa quis impedir a participação da funcionária Priscila Silva Gueiros. O pleito ocorreu dia 15. Nossos diretores Roseli Lima, Alex Lima e Elenildo Queiroz Santos (Nildo) foram até a fábrica, acompanharam todo o processo eleitoral, garantiram o direito da companheira e Priscila acabou eleita em primeiro lugar. Resultado - Foram apurados 201 votos dos cerca de 250 funcionários. Além de Priscila, foram eleitos titulares Cristiano Reiner, Caio Henrique Soares Lazarini e Ana Lúcia Prata. Mandato de um ano, com estabilidade. Os suplentes são Erick Veríssimo da Silva, Eliseu Custódio Martins e Eduardo de Oliveira Lopes. | Atenção para o atendimento no final de ano |
O recesso na sede e subsedes neste final de ano ocorre de 22 de dezembro a 8 de janeiro. Neste período, o atendimento ao trabalhador será por meio de plantões. Portanto, fique atento aos dias e horários. Sede - Expediente normal vai até sexta (22), às 18 horas. O retorno às atividades de rotina acontece em 9 de janeiro, a partir das 8h30. Plantão - No período do Natal e Ano Novo, a sede do Sindicato (Harry Simonsen, 202, Centro, Guarulhos) funcionará das 8h30 às 12 horas, de 26 a 29 de dezembro; e de 2 a 5. O dia 8 de janeiro também será em sistema de plantão. Subsedes - Em Arujá e Mairiporã. Atendimento se encerra na sexta (22), às 17 horas, voltando ao normal dia 9 de janeiro (terça-feira), a partir das 8h30. Lazer - Nosso Clube de Campo, no Parque Primavera, também terá atendimento diferenciado. Abre normalmente na sexta e sábado (dias 22, 23, 29 e 30 de dezembro). Nos dias 24 (domingo), 25 (segunda) e 31 (domingo), além de 1º de janeiro (segunda) estará fechado. Volta a funcionar normalmente a partir de 5 de janeiro, às sextas das 8 às 17h30; e nos sábados e domingos das 8 às 18 horas (durante o horário de verão). | Sem acordo, greve continua na Bardella |
Diretor Nildo e funcionários na sede do TRT-SP |
Os trabalhadores da Bardella (Cumbica) estão em greve desde 11 de dezembro, contra mais um atraso no pagamento dos salários. A empresa não depositou o pagamento dia 5. Na segunda (18), houve audiência no Tribunal Regional de Trabalho, em São Paulo, que terminou sem acordo. Os advogados da empresa não apresentaram nenhuma proposta. Nesta quarta (20), assembleia na fábrica decidiu manter a paralisação. hhhhhh
|