Campanha salarial 2009
Metalúrgico mostra sua força: sete mil
param 11 fábricas em Guarulhos
Foto: Marcio Monteiro
Mais de sete mil companheiros cruzaram os braços em 11 empresas de grande porte de Guarulhos na manhã fria desta quarta-feira (30). A ação organizada pelo nosso Sindicato foi uma advertência aos empresários, para que apresentem respostas positivas às reivindicações da Campanha Salarial da nossa categoria.
As manifestações aconteceram na Hayes Lemmerz (ex-Borlem), Dyna e Cindumel, no Itapegica; Valeo (Pimentas); Visteon e Tecfil, em Cumbica; Modine, Grampos Aço e Cummins Filtros, em Bonsucesso; Marília (Macedo); e Messastamp (Cidade Industrial, Cumbica).
Nosso presidente José Pereira dos Santos esteve na assembleia unificada dos trabalhadores da Hayes Lemmerz (ex-Borlem), Dyna e Cindumel, no Itapegica. Do encontro participaram também Claudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo; Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo; Tadeu Morais de Souza, presidente do Dieese; diretores e assessores do nosso Sindicato e dirigentes sindicais de várias categorias.
Pereira afirma: “Quando o Sindicato grita, o empresário tem que ouvir. O Brasil foi o último país a entrar na crise, e o primeiro a sair. Fomos nós trabalhadores que tiramos o País da crise, os patrões estão ganhando dinheiro e queremos nossa parte neste bolo”.
O presidente do Sindicato visa: “Se até 15 de outubro o patronato não apresentar contraproposta às nossas reivindicações, será deflagrada greve em todo o Estado. Está na hora de o trabalhador ser respeitado”.
Josinaldo José de Barros (Cabeça), vice-presidente do Sindicato, comenta: “Participamos de várias reuniões na Fiesp, e os empresários continuam com a choradeira. Não querem nos dar aumento. Mostramos aqui que estamos unidos, e vamos vencer esta batalha”.
O secretário-geral do Sindicato, Heleno Benedito da Silva, elogiou a participação dos trabalhadores: “Mesmo com frio e garoa fina, vocês estão aqui. É importante a participação de todos nesta jornada. As negociações estão difíceis, mas vamos conseguir aumento real, com a nossa união”.
Negociações – O presidente da Federação dos Metalúrgicos de São Paulo, Claudio Magrão, destacou a renovação das cláusulas sociais: “Tivemos avanços nas negociações anteriores. Agora, os patrões querem nos tirar direitos. Não vamos permitir”.
Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Eduardo Torres, lembra: “Nunca conseguimos direitos na base da conversa. Temos de partir para a luta e mostrar aos patrões que estamos unidos. Não vamos permitir que tirem nossos benefícios, a reposição da inflação e ganho real”.
Reivindicações - Os metalúrgicos reivindicam a reposição da inflação; ganho real de salário; aumento real nos Pisos salariais e nos adicionais de hora extra e por trabalho noturno; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução dos salários. Outra reivindicação importante é a ampliação dos direitos sociais garantidos na Convenção Coletiva.
Leia também