Programa de apoio a desempregados
encerra atividades de 2010

Mais de 250 pessoas participaram, sábado (3), do encerramento das atividades deste ano do Programa de Apoio Psicoprofissional a Desempregados. O evento foi realizado no auditório do Sindicato e teve palestra do professor Alberto Borges de Araújo, abordando o trabalho desenvolvido pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).

O presidente do Sindicato, José Pereira dos Santos, destaca: “O Senai abre as portas para os trabalhadores, mas teríamos maior número de cursos gratuitos de qualificação profissional se unissem recursos do próprio Senai e de todo o Sistema ‘S’, do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e do Ministério da Educação”.

Pereira afirma: “Se todos os brasileiros tivessem acesso a cursos de qualificação profissional, com certeza não precisaríamos entregar cestas básicas a companheiros que ainda estão desempregados”.

Cestas básicas - As pessoas que participaram dos cursos e seminários do programa este ano, que ainda estão desempregadas, receberão cestas básicas cedidas pelo Sindicato. A entrega será nos dias 21 e 22 de dezembro, em local ainda a ser definido.

O Programa de Apoio Psicoprofissional a Desempregados, fundado pelo Sindicato em 2002, beneficiou gratuitamente mais de 1.350 pessoas de diversas categorias profissionais somente este ano. Desde sua criação, são mais de 25 mil trabalhadores atendidos.

Recado - Renata Aparecida de Souza, 29 anos e com uma filha de pouco mais de dois anos, ficou viúva recentemente. Ela conta: “Era auxiliar de enfermagem, mas com a morte do meu marido, uma filha recém-nascida para criar e a demissão em seguida, entrei em depressão profunda. Com a ajuda de uma amiga, soube do programa do Sindicato e resolvi me inscrever. Estou aqui, hoje, para agradecer às psicólogas Solange e Rosy (coordenadoras do programa) por terem me ajudado a vencer um momento muito difícil”.

Renata conta que após ter participado de um seminário do programa, conseguiu emprego em um banco. “Me destacaram para o colégio Eniac, para abrir contas bancárias. O pessoal gostou de mim e segunda-feira (6) começo a trabalhar registrada no Eniac. Foi uma benção que recebi, que se tornou possível com o que aprendi aqui no psicoprofissional. Hoje ando de cabeça erguida, tenho desenvoltura e passei nas entrevistas com o que aprendi nos cursos. Sinto-me capaz”.

Ela dá um recado às pessoas que enfrentam situação semelhante à que passou: “O sonho de voar pode ser tão real como a emoção de viver. Acredite em seu vôo e conquiste o seu espaço”.

Melhor idade - Carlos Morales Martinez, 68 anos, também tem uma história para contar: “Em janeiro, perdi minha esposa e fiquei desorientado. Pedi demissão do emprego, ficando um bom tempo parado. Soube dos cursos do psicoprofissional e decidi fazer. Mudou minha vida para melhor. Tenho uma nova visão das coisas, e me sinto apto para voltar ao mercado de trabalho. Isso eu aprendi no programa”.