Coluna do Miguel
Apesar dos problemas, o ano ainda
foi positivo para os trabalhadores
O movimento sindical encarou vários desafios este ano e saldo do enfrentamento entre capital e trabalho foi positivo para nós. Nas campanhas salariais do primeiro e segundo semestres, os sindicatos filiados à Força Sindical fecharam acordos que garantem a reposição integral da inflação, aumento real de salário e a renovação das cláusulas sociais. A quase totalidade das entidades fechou suas campanhas com ganho real.
Porém, em relação às reivindicações gerais pouco se avançou. O governo federal e o Congresso Nacional desconsideraram a nossa Pauta Trabalhista, um resumo da Agenda Unitária da Classe Trabalhadores aprovada pelas Centrais Sindicais. O Executivo, deputados federais e senadores conseguiram adiar o debate com os representantes dos trabalhadores.
Parece que a palavra de ordem é evitar a discussão a respeito da revogação da lei que trata do fator previdenciário, da derrubada do projeto de lei que amplia a terceirização, da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem o corte nos salários, e sobre a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, cuja defasagem, de 1996 a 2013, chegou a 62%. Assim, os trabalhadores conquistam aumentos salariais, mas o “Leão” abocanha tudo que os assalariados ganharam.
Por isso, estamos convencidos que as Centrais Sindicais precisam reforçar a unidade de ação para pressionar os políticos (Executivo e Legislativo) a abrir o debate sobre a nossa Pauta. Manifestações, paralisações, greves e passeatas, entre outras formas de pressão, terão de ser deflagradas já no início de 2015. Como perdemos boa parte de nossa bancada trabalhista no Parlamento, teremos de apostar na mobilização e na capacidade de luta dos trabalhadores. Sem luta, não vamos conseguir nada e o governo continuará nos enrolando.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
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