5ª Marcha a Brasília
Manifestação com 35 mil trabalhadores
mostra união por emprego e direitos
O movimento sindical mostrou que está unido e mobilizado em defesa dos direitos dos trabalhadores e para enfrentar a crise provocada pelos países ricos.
Fotos: Claudio Omena
Esse foi o recado concreto da 5ª Marcha a Brasília, que sacudiu a Capital Federal, reunindo cerca de 35 mil manifestantes de todo o Brasil e culminou com um grande ato no Congresso Nacional. No ato, as lideranças da Força, CUT, Nova Central, UGT, CTB e CGTB reafirmaram as bandeiras de luta: 1) Defesa do emprego; 2) Redução do Imposto de Renda sobre os salários; 3) Aumento das parcelas do seguro-desemprego; 4) Redução na taxa de juros; 5) Menos impostos sobre a produção; 6) Ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe demissão imotivada; 7) Ampliação dos financiamentos pelo BNDES, exigindo-se das empresas beneficiadas garantias do emprego dos trabalhadores.
Guarulhos, lá - Nosso Sindicato foi linha de frente da Marcha, com uma delegação de 43 pessoas, incluindo diretores, trabalhadores da base, aposentados e assessores.
O vice-presidente Célio Ferreira Malta, que participou da Marcha, cujo tema foi “Desenvolvimento com valorização do trabalho”, avalia: “Foi um dos maiores atos sindicais já ocorridos em Brasília. E os trabalhadores deixaram claro: não aceitamos pagar por uma crise provocada pelo Bush e por especuladores dos países ricos. Vamos defender nossos empregos, e o governo tem de nos ajudar”.
No Congresso - Os dirigentes das Centrais foram recebidos pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, e Garibaldi Alves, presidente do Senado, a quem entregaram as reivindicações dos trabalhadores. Os sindicalistas também se reuniram com o ministro Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência da República, no Palácio do Planalto, cobrando do governo empréstimo a empresas em dificuldades, desde que elas garantam a manutenção dos postos de trabalho.